Dia do Orgulho Autista: data foi criada para quebrar preconceitos

No último domingo (18) foi celebrado o Dia do Orgulho Autista. A data foi criada para quebrar preconceitos e promover o diagnóstico e tratamento precoce, que pode ajudar no desenvolvimento e interação do autista.

Por isso, é importante que a primeira barreira seja quebrada pelos pais. Ao perceberem os primeiros sinais, eles devem procurar um especialista. De acordo com o professor do Curso de Psicologia da Universidade Evangélica de Goiás, Prof. Artur Vandré, alguns sinais devem ser observados pelos pais para o diagnóstico precoce. “Ao avaliar comportamentos de crianças dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA), será sempre necessário levar em consideração a fase de desenvolvimento em que a criança se encontra”, explica.

Mas, de uma maneira geral, é possível observar:

  • Dificuldades de fala e linguagem, por exemplo: ausência ou atraso de fala (se comparado à criança da mesma idade), repetição das mesmas palavras ou frases sem a intenção de comunicar, dificuldade em comunicar necessidades, interpretação literal de frases ou metáforas, dificuldade em nomear objetos, coisas e/ou pessoas;
  • Dificuldades de comunicação não verbal, como por exemplo, evitar o contato visual, não responder as expressões faciais, ao tom de voz e aos gestos de outras pessoas; limitações em gestos, como apontar, maneiras de se movimentar e sensorialidade;
  • Dificuldades sociais como compreender falas, dificuldades em interação com outras pessoas, não compartilha interesses;
  • Comportamentos restritos e repetitivos, movimentos repetitivos com o corpo, objetos, comportamentos ritualísticos e resistência às mudanças.

“Quanto mais cedo for o diagnóstico, melhor será as possiblidades de intervenção, estimulações e futuro desenvolvimento da criança. Será necessário aos pais, mediante os comportamentos da criança que indicam os sinais do TEA, procurarem ajuda de profissionais qualificados”, ressalta o professor.

Para os pais, também é importante ter uma rede de apoio. “Alguns pais solicitam atendimento em terapia, outros participam de grupos de ajuda mútua. Grupos de mães de crianças com TEA são formados com o intuito de apoio emocional, compartilhamento de histórias de vida e acolhimento. No Instituto de Análise do Comportamento Landin, há um grupo de mães para apoio e acolhimento, por exemplo”, explica o psicólogo.

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